domingo, 21 de julho de 2013

SAÚDE PÚBLICA. UM MONSTRO QUE OS GOVERNANTES NÃO CONSEGUEM DOMÁ-LO

           "Foi você quem colocou eles lá mas eles não estão fazendo nada por vocês Enquanto o povo vai vivendo de migalhas Eles inventam outro imposto pra vocês Aquela creche que deixaram de ajudar está por um fio E a ganância está matando a geração 2000 E a sua tolerância está maior do que nunca agora Dormem sossegados os caras do senado Dormem sossegados os que fizeram este estrago Dormem sossegados os caras do senado Dormem sossegados os que pintaram este quadro" (Charlie Brown Jr.)
Nos últimos tempos muito se tem falado sobre a vinda de médicos estrangeiros para solucionar a carência desse profissional na rede pública de saúde, passando-se a “falsa” ideia de que o problema da Saúde no Brasil decorre da falta desse profissional. Qualquer pessoa decente que conhece a realidade do serviço público brasileiro se envergonha dos políticos que escolheu para representá-la.

           Com evidentes exceções de alguns Municípios, o dinheiro gasto na rede pública de saúde seria suficiente para oferecer serviços de qualidade aos que dela dependem. Infelizmente, não é isso o que acontece, uma vez que nos hospitais públicos e nos postos de saúde falta de tudo: médicos, leitos, medicamentos, macas, equipamentos para a realização de exames, e, por incrível que pareça, até materiais para um simples curativo. E não adianta querer transferir a culpa para os médicos. Como muito bem afirmou Ruth de Aquino, Repórter da Revista Época, Ed. 791, “Faltam médicos e professores em todo o país, não apenas nos confins do Brasil. É um absurdo querer aumentar, por lei, o número de anos de estudo de medicina. Ou exilar residentes em lugares sem condições de trabalho. A atitude desesperada do governo Dilma só expõe a metástase da saúde. Não há ambulâncias, equipamentos ou médicos suficientes em lugar nenhum no Brasil, e isso inclui Rio de Janeiro São Paulo.”

           E isso é verdadeiro. E confirma que o problema não é a falta de médico, uma vez que nos grandes centros não há carência desse profissional, salvo na rede pública de saúde. Portanto, o problema não é falta de médico e muito menos a carência de recursos. A questão, como já afirmado, é a corrupção e o mau gerenciamento do dinheiro público. Não ‘é novidade para ninguém as falcatruas em licitações, que vão desde superfaturamentos nas compras de medicamentos, contratações de serviços diversos e equipamentos, a conchavos com servidores das secretarias para que seja entregue tão somente parte dos produtos vendidos, ou seja, vende-se uma determinada quantia de medicamentos e entrega-se outra bem inferior, dividindo-se ao final o valor do que deixou de ser entregue em forma de propina para servidores e lobistas. E não é só isso.

           Não satisfeito com esse tipo de descalabro, os governos ainda se dão ao luxo de contratar apadrinhados de correligionários, aos quais são pagos altos salários, para sequer comparecerem aos locais de trabalho. Com esse tipo de administração, não há de fato como se ter um serviço público decente. O duro mesmo somos nós, brasileiros, aturarmos essa situação por tanto tempo, já que esse estado de coisas não é novo. Esse desrespeito para com o cidadão brasileiro já perdura por muito tempo. Essa tolerância injustificada só pode ser fruto de desconhecimento da realidade, muito embora a imprensa venha há muito tempo tentando conscientizar o povo, mostrando seguidamente a corrupção que acontece em todo o território brasileiro.

           Seja como for, cabe a nós cidadãos brasileiros persistirmos nesse árduo trabalho de conscientização dos mais jovens e menos esclarecidos, para que um dia o povo escolha melhor os seus representantes e passe a exigir destes, honestidade e compromisso com a administração pública. Portanto, considerando que as eleições de 2014 estão se aproximando, precisamos ficar atentos para que façamos escolhas de candidatos que estejam preparados para bem desempenhar a missão aos quais iremos confiar.

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