terça-feira, 26 de novembro de 2013

AGRONEGÓCIO AVANÇA. INDÚSTRIA RECUA E PERDE ESPAÇO

"Como é lindo de ver florescendo a plantação É vida que vem nascendo rasgando as entranhas do chão O sertanejo se alegra esperança não morre mais Quem tem lavoura de sonhos arado não cega jamais. Cai a chuva mata a sede da planta que o sol vem beijar Mesmo assim toda noite tem reza pra Deus ajudar. A terra sorve o suor da fronte do lavrador Como se fosse uma gota de orvalho na face da flor A recompensa é farta , a roça por fim floresceu Quem tem a lavoura de sonhos semente jamais se perdeu. Cai a chuva mata a sede da planta que o sol vem beijar Mesmo assim toda noite tem reza pra Deus ajudar." (OSWALDO E CARLOS MAGRÃO)
Com a Política Agrícola iniciada nos Governos Militares, o Brasil vem a cada ano consolidando a sua posição como grande produtor mundial de alimento, fato que o põe na vanguarda como exportador do agronegócio. A política agrícola brasileira do regime militar de 1964 pode ser considerada muita agressiva, principalmente na década de 1970, período durante o qual foram instituídos vários programas de financiamentos com taxas de juros subsidiadas e criadas a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA e a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMBRATER, além da instituição do Programa de Garantia de Atividade Agropecuária - PROAGRO, fatos que tiveram enorme repercussão na atividade rural do País. Os instrumentos de apoio, como crédito rural subsidiado, preços mínimos, armazenamento e transporte, garantia da atividade rural e assistência técnica e extensão rural foram preponderantes para o êxito hoje do agronegócio, fundamental para gerar divisas e equilibrar a balança comercial brasileira. O crescimento do agronegócio no Brasil supera hoje em muito, tanto o comércio quanto a indústria. Em razão disso, as estatísticas indicam que, “se o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mantiver o crescimento anual na casa dos 6% e o da indústria continuar a retração com média de 2%, dentro de três ou quatro anos vamos assistir a um fato inédito: o PIB do agronegócio irá ultrapassar o industrial no Brasil.” (www.portaldoagronegocio.com.br). Essa afirmação não é nenhuma novidade. O agronegócio é a grande vocação do Brasil, que mesmo não dispondo de infraestrutura adequada de estrada, de ferrovias e de portos, consegue obter crescimento regular e consistente, provando que tem fôlego para conquistar espaços no mercado internacional e acelerar o ritmo do aumento da produtividade, fator imprescindível para ganhar competitividade sem necessitar expandir a área plantada nem afetar o meio ambiente. Importante reportagem de 25 de novembro de 2013 sobre a relevância do agronegócio encontra-se no site: www.portaldoagronegocio.com.br. Senão vejamos:
“A afirmação é do economista e articulista, Luiz Carlos Mendonça de Barros, durante palestra ministrada no MS Agro 2013, evento realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), no auditório da entidade, na sexta-feira (22). Barros apresentou ainda estudo sobre o desenvolvimento econômico do País, com ênfase para o final do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, passando pela gestão de Lula e ainda uma perspectiva do futuro de Dilma Rousseff à frente do Governo Federal. Segundo Barros, a política de redução da pobreza 'bateu no teto' e o desafio agora é aumentar a renda da classe média, com destaque para o atual panorama da geração de empregos e da agricultura.
‘O Brasil está em pleno emprego, com os salários crescendo acima da produtividade. Outro setor que está em forte ascensão é o da agricultura, com média de 12% ao ano’, revela. Para Barros o agronegócio enfrenta o obstáculo da falta de investimentos por parte dos governos em logística. ‘Mesmo se desenvolvendo francamente, o setor sofre com a falta de investimentos em logística, gerando problemas para o escoamento da produção’, ressalta. A participação do economista foi antecedida pela palestra do ex-ministro Roberto Brandt que destacou que a política representa um grande obstáculo para o campo. ‘O agronegócio é o setor mais moderno, o que mais se aproxima do campo tecnológico e o mais competitivo do Brasil, mas é também o que mais enfrenta resistência política”, ressaltou o palestrante. Brandt destacou que o setor não luta apenas contra o mercado, mas também contra conceitos que impõem limite ao seu desenvolvimento. ‘O Brasil só ocupa 27% do seu território com produção agropecuária’, afirmou. ‘Sem este setor, nossa balança comercial apresentaria déficit de US$ 72 bilhões’, ressaltou o palestrante. Em relação aos conflitos agrários vividos em MS por conta das invasões de indígenas, Brandt afirmou que o homem urbano enxerga o setor de forma negativa e que o sistema político não colabora para mudar este conceito. ‘A maior parte da população brasileira vive nas cidades. Esta cultura urbana está impregnada com a visão do agronegócio desde os anos 50, que coloca o campo como um marcador do atraso econômico e que só a indústria é o progresso’, afirmou." Sem nenhuma dúvida o Brasil ocupa atualmente uma posição de destaque no mundo como produtor rural e pode-se afirmar com muita segurança e propriedade que na atividade rural reside a solução para muitos dos problemas brasileiros. O país ainda tem um grande potencial produtivo para explorar, tendo em vista que dispõe de muita terra para cultivar e tem capacidade para aumentar substancialmente o rendimento das áreas atualmente plantadas, por meio de pesquisas, com melhoramento genético das lavouras, dos rebanhos de animais e pela mecanização do plantio, dos tratos culturais e da colheita.

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