sábado, 14 de dezembro de 2013

BANCOS PÚBLICOS COMBATEM DESIGUALDADES REGIONAIS

"É que o matuto deu de garra dos papéis E foi bater no banco de juazeiro Tirou dinheiro e comprou cinco vaquinhas E para tanto contratou logo um vaqueiro. O tangedor montou logo um alazão Abriu os peitos no aboio que não tem fim Coitada da boiada encabulada Com o chocalho tocando assim Eu sou do banco, do banco do Brasil. Do banco do Nordeste, cabra da peste No Ceará eu sou do Bec Mas em Pernambuco sou do Bandepe Bandepe, Bandepe, Bandepe, Bandepe." (Eu Sou do Banco de Luiz Gonzaga)
As disparidades de riquezas do nosso país não dizem respeito tão somente às pessoas. Existem muitas discrepâncias entre as riquezas regionais, fato que contribui para os maiores desníveis de riquezas entre brasileiros de uma e de outra região. É como afirma matéria publicada no site do Brasil Escola. Senão vejamos: "No Brasil, existem vários tipos de desigualdades sociais, no entanto, as desigualdades não se limitam apenas a fatores como cor, posição social e raça, ainda convivemos com as desigualdades regionais, que se referem às desigualdades entre as regiões, entre estados e entre cidades. Podemos tomar como exemplo, levando em conta o panorama da pobreza nos estados, a região Nordeste, nessa região se encontram os estados que possuem maior concentração de pessoas com rendimento de até meio salário. Outra disparidade marcante entre o Centro-sul e o Nordeste está no desenvolvimento humano." E de fato é isso mesmo, por isso que o Governo Federal decidiu pela criação de Bancos Regionais, como o Banco do Nordeste e Banco da Amazônia, visando incrementar a economia dessas regiões e diminuir as desigualdades entre estas e as regiões mais desenvolvidas. Eis a seguir informações sobre essas Instituições de crédito. Banco do Nordeste do Brasil S.A: O BNB teve com a sua criação a finalidade de contribuir para reduzir as desigualdades sociais entre o povo do Nordeste e de outras regiões, considerando que o semi-árido sempre foi um foco de pobreza e de mazelas sociais. O Banco do Nordeste do Brasil, desde a sua criação, vem desempenhando ao lado do Banco do Brasil papel relevante para a economia da região, notadamente porque, como agente de desenvolvimento, volta-se para fins específicos. A questão é mais bem esclarecida pela matéria disponibilizada na Internet pelo Banco (2004, p.01): “Por ser um banco de desenvolvimento, exerce ações diferenciadas em relação ao sistema bancário brasileiro e é o principal agente do Governo Federal para o desenvolvimento da Região. Em função disso, o Banco atua em focos específicos, e seu trabalho vai além da concessão do crédito, como por exemplo a capacitação técnica e gerencial de seus clientes financiados. Ao longo desse período, o Nordeste mudou de forma significativa. Experimentou uma urbanização acelerada, iniciou o processo de industrialização e diversificou sua estrutura econômica. A renda percapta saltou de US$ 305, em 1950, para US$ 2.770, em 1997. A infra-estrutura regional modernizou-se e a agricultura, base econômica do passado, perdeu terreno para a indústria e os serviços na composição do PIB, que alcançou US$ 124,5 bilhões (1997), registrando elevadas taxas de expansão.” Inquestionavelmente, o banco dispõe de quadro técnico de qualidade e desde a sua criação foi um forte aliado do produtor rural, tendo nas décadas de sessenta, setenta e oitenta, feito pela Região Nordeste tanto quanto fez o Banco do Brasil. É um dos instrumentos criados pelo Governo Federal que visa a amenizar o grande problema das desigualdades regionais. Com o esgotamento do Estado no início da década de oitenta, o Banco do Nordeste é hoje o mais forte instrumento de que dispõe a Região para fortalecer a sua economia e implementar ações diferenciadas que visam a combater os focos de pobreza e auxiliar no combate das disparidades regionais.
Banco da Amazônia S.A: O BASA foi criado em 1942, com o nome de Banco de Crédito da Borracha, cuja finalidade principal era garantir o suprimento de borracha natural aos aliados, durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1966, o Governo Federal, empenhado em reduzir as disparidades regionais e integrar a Amazônia à economia nacional, procurou efetivar várias transformações no Banco através da Lei nº 5.122, de 28 de setembro daquele ano, que, a partir de então, passou a denominar-se Banco da Amazônia S.A, com a função especial de agente financeiro da política do governo federal para o desenvolvimento da Amazônia Legal, área geoeconômica constituída pela Região Norte, pelo Estado do Mato Grosso e parte do estado do Maranhão. O assunto é comentado em artigo disponibilizado na Internet pelo Banco (2004, p.01): “Nessa nova fase, o Banco reforçou sua condição de organismo indutor do desenvolvimento regional. Atuando como agente financeiro de importantes programas de crédito – Proterra, Polamazônia, Probor e Finame – estimulou a implantação e modernização de empreendimentos agrícolas, pecuários e industriais de grande impacto para a economia regional, consolidando, desta forma, as linhas de ação já experimentadas.” O BASA, assim como o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste do Brasil, foi um grande aliado do homem do campo e prestou um inestimável trabalho em prol da Política Agrícola adotada no Brasil nos últimos anos. O BASA é o responsável pelo repasse dos recursos oriundos do Fundo Constitucional na Amazônia, por isso é hoje, sem dúvida, o mais importante instrumento de política pública de que dispõe a Região para fortalecer a sua economia e contribuir para amenizar o grave problema das desigualdades regionais. O Banco atua em todas as áreas e, por isso, como agente de desenvolvimento está ao lado do produtor rural, do industrial e do comerciante, dando uma efetiva colaboração na busca de resultados positivos em prol da melhoria da condição de vida da população carente do Norte do País.

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