domingo, 19 de janeiro de 2014

DILMA PEDIRÁ CONSELHOS A LULA SOBRE REFORMA

Por mais que se fale ou questione-se sobre a queda do PT com o episódio do “Mensalão”, ninguém pode menosprezar a importância do Partido e a do seu líder maior, o ex-Presidente Lula, por isso que não fazem sentido as críticas da oposição, quando afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não terá influência nas eleições pelo país. Engana-se o Senador Aécio Neves quando afirmou que “O lulismo, com as características anteriores, quase messiânicas, de alteração de quadros eleitorais onde quer que fosse, isso não existe mais", disse, em encontro com tucanos em Porto Alegre. É certo que a economia brasileira não anda bem. E isso afeta, certamente, o desempenho do Partido dos Trabalhadores. No entanto, ninguém pode menosprezar a popularidade de Lula e do Partido, mesmo após o acontecimento do “Mensalção.” O ex-Presidente continua forte e terá grande influência nas eleições deste ano, tanto que a Presidente Dilma ainda o tem como o seu principal conselheiro. Agora mesmo, antes de empreender viagem à Suíça e à Cuba terá reunião com o ex-Presidente para se aconselhar sobre a reforma ministerial que pretende realizar. Vejamos o que diz notícia encontrada no site do Jornal Diário do Nordeste de hoje, 19.01.2014: “Brasília. Antes da viagem internacional que a presidente Dilma Rousseff fará à Suíça e a Cuba, ela deve se reunir com o ex-presidente Lula na segunda-feira, em Brasília, para tentar fechar os nós da reforma ministerial, com prioridade especial para acertar os ponteiros com o PMDB, aliado preferencial da campanha à reeleição, que ameaçou com uma rebelião esta semana. A mandatária embarca na quarta-feira (22) e só retorna ao Brasil dia 29 à noite. A partir do dia 30 ela pretende efetivar a reforma ministerial. a reunião da presidente Dilma Roussef com Lula, além da reforma ministerial, também será tratada a conjuntura política, palanques regionais e estratégias da pré-campanha à reeleição, com foco no PMDB. FOTO: RICARDO STUCKERT/INSTITUTO LULA Na mesa de decisões, na reunião de Dilma com Lula, também será tratada a nomeação de Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente da República José Alencar, para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Os dois concordam com essa escolha para o lugar do petista Fernando Pimentel, mas a presidente ainda pretende consultar o empresariado a respeito, para que a nomeação seja respaldada pelo setor. Outro imbróglio da reforma no primeiro escalão do governo envolve o próprio Partido dos Trabalhadores: a solução para o Ministério da Saúde, com a recente opção pelo secretário de Saúde de São Bernardo (SP), Arthur Chioro. Os dois também devem discutir a conjuntura política, palanques regionais e estratégias da pré-campanha à reeleição. Para a substituição no MDIC, a presidente Dilma fará um gesto de cortesia ao empresariado, setor com o qual as relações do governo vão de mal a pior, e consultará alguns de seus líderes sobre a indicação de Josué, que é presidente da Coteminas e diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para o Ministério da Saúde, Dilma consultou o prefeito de São Bernardo (SP), o petista Luiz Marinho, na última terça-feira, a respeito de Chioro. A presidente teria se encantado com ele ao participar da inauguração de um hospital naquela cidade, no final do ano passado. Marinho é próximo de Lula, que deve estimular a nomeação de Chioro. Ele foi diretor do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde quando a pasta era comandada pelo petista Humberto Costa. Nessa função, ele foi responsável pela implementação do Samu. Trégua peemedebista: Na quarta-feira, a cúpula do PMDB decidiu que não fará cobranças públicas para ampliar seu espaço no primeiro escalão do governo até que a presidente Dilma conclua as negociações com outros partidos aliados para determinar o tamanho da reforma ministerial que iniciará no final de janeiro. A trégua por mais cargos só foi possível porque pouco antes da reunião dos peemedebistas Dilma agiu para amenizar o tom do seu primeiro encontro com o vice-presidente, Michel Temer, na última segunda-feira, em que havia indicado que havia pouquíssimas chances do PMDB receber mais cargos na reforma. A reclamação do PMDB por mais cargos no primeiro escalão é antiga e nesse momento engrossa outras críticas do partido ao PT e ao governo, como as negociações em torno das alianças eleitorais nos Estados.” Em assim sendo, o ex-Presidente Lula continua influente. E há dúvidas de que terá um grande papel a desempenhar nas eleições de 2014.

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