segunda-feira, 21 de abril de 2014

CPI DA PETROBRAS. O CHEIRO DE PIZZA JÁ ESTÁ NO AR



"Além de blindar Dilma, presidente do Senado tentará proteger aliados envolvidos em fraudes na Petrobras. Renan é aliado do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que manteve encontros com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa." (Jornal Diário do Nordeste).


Os indícios de desvio de recursos da Petrobras são muito fortes. E em qualquer país que se preza, situações como essas são rigorosamente investigadas, e uma vez comprovando-se o desvio de dinheiro do povo, os responsáveis serão devidamente punidos. Aqui no Brasil, ao contrário, os nossos Parlamentares ficam brigando em Brasília, tentando encontrar uma maneira para beneficiarem-se da própria situação.

Essa história de criar-se uma CPI ampla para investigar as denúncias contra os desvios da Petrobras e os desvios de obras no Estado de S. Paulo é uma invenção dos Parlamentares da situação que visam tão somente tumultuar o processo e evitar que as apurações atinjam os fins para os quais está sendo criada.  A decisão do presidente Renan Calheiros foi lida no Plenário. Ele disse que sim, que o Senado pode ter uma CPI ampla, para investigar as denúncias de irregularidades na Petrobras e também as suspeitas de irregularidades em obras de estados como São Paulo e Pernambuco. 

E assim afirmamos porque os Parlamentares da situação criam todo tipo dificuldades para que não se instale a CPI, que poderia vir a prejudicá-los. Enquanto isso, a oposição briga para instalá-la, já pensando em usá-la como bandeira eleitoral. E não precisa ninguém ser especialista em política para entender que essa CPI da Petrobras caminha para não dá em nada. É uma pena. A esse respeito, vejamos uma importante notícia encontrada hoje, 21 de abril de 2014, no site do Jornal Diário do Nordeste. Senão vejamos:

“Brasília. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já avisou que vai apostar no argumento de interferência do Judiciário sobre o Legislativo caso a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), decida pela instalação de uma CPI exclusiva para investigar a Petrobras. No outro extremo, trabalhando com a possibilidade de a ministra optar pela CPI ‘combo’ - que investigaria cartel de metrô e trens, em São Paulo, e o Porto de Suape, em Pernambuco -, a oposição já prepara, além de outro recurso ao Supremo, um esvaziamento da comissão. 

As estratégias pensadas no Congresso são baseadas nas três possibilidades de decisão de Rosa Weber: enterrar de vez a CPI, acatado o mandado de segurança impetrado por petistas; entender pelo argumento da oposição e defender a comissão exclusiva da Petrobras; ou manter o que decidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e mandar instalar a CPI ‘combo’, a saída encontrada para desviar o foco e blindar a presidente da República, Dilma Rousseff, além de tentar atingir os adversários Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

Mais do que se colocar como fiel aliado de Dilma, as atitudes do presidente do Senado têm origem em uma preocupação clara: as devassas na estatal podem respingar em aliados seus.
O presidente do Senado é padrinho político do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que manteve encontros com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, quando este já havia deixado a petroleira e operava negócios na iniciativa privada, conforme indicam dados da agenda e cadernos de anotação do ex-executivo apreendidos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.

Responsabilidade de Dilma



A entrevista de José Sérgio Gabrielli ao ‘Estado de S. Paulo’ de ontem, na qual ele afirma que a presidente ‘Dilma não pode fugir à responsabilidade’ pela decisão da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, reforçou a necessidade de abertura de uma CPI para investigar o negócio, avaliaram líderes da oposição, entre eles o senador tucano Aécio Neves (MG), pré-candidato a presidente da República.

É por conta dessa e de outras situações que os nossos Parlamentares estão, lamentavelmente, desacreditados pela população. E aí é que entra a importância do trabalho da Polícia Federal, uma Instituição que tem credibilidade para levar a frente uma investigação desse nível. Por isso que precisamos apoiá-la e valorizá-la.

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