sábado, 3 de maio de 2014

PESQUISA SENSUS SINALIZA UM 2º TURNO NA SUCESSÃO PRESIDENCIAL





            As sucessivas denúncias de corrupção nos Governos do PT começam a mostrar os seus efeitos. A reeleição da presidente Dilma, que até junho do ano passado era tida como certa, aos poucos dá sinais de que o pleito não será tão fácil como parecia. E com o resultado da pesquisa do Instituto Sensus, divulgada na madrugada deste sábado, 03 de maior de 2015, que aponta que se as eleições fossem hoje possivelmente teríamos um segundo turno entre a presidente Dilma e Aécio Neves, acende-se uma luz de alerta. Vejamos a seguir a notícia encontrada na Uol Notícias Políticas, de Josias de Souza:
           
“Pesquisa realizada pelo instituto Sensus e divulgada na madrugada deste sábado no site da revista IstoÉ sinaliza que a disputa presidencial de 2014 deve ser decidida no segundo turno. Dilma Rousseff amealhou 35% das intenções de voto. Aécio Neves, 23,7%. E Eduardo Campos, 11%.

Somando-se os percentuais atribuídos a Aécio e Campos, chega-se a 34,7%, apenas 0,3% abaixo dos 35% de Dilma. Numa pesquisa em que a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, essa diferença é estatiscamente negligenciável. Significa dizer que, se a eleição fosse hoje, a disputa escorregaria para o segundo turno.

Num cenário em que foram incluídos oito candidatos, inclusive os nanicos, Dilma obteve 34%. Aécio ficou com 19,9%. Campos cravou 8,3%. Somando-se Aécio e Campos aos outros seis nomes mencionados pelos pesquisadores, os antagonistas da presidente chegam a 32,4%. Uma diferença de 1,6%. Portanto, considerando-se a margem de erro, permanece a indicação de segundo turno.”

            Esse resultado, sem dúvida nenhuma, reflete o sentimento do povo em relação às notícias veiculadas diariamente pela imprensa de um modo geral sobre os desvios de recursos públicos na Petrobras e noutros órgãos da Administração Pública Federal. O povo já não aguenta mais. E não é para menos. Não é possível que, enquanto os Governos oferecem um serviço público de péssima qualidade, registram-se fatos vergonhosos de corrupção envolvendo políticos e gestores da base aliada. Vejamos ainda o que diz a notícia encontrada na Uol:    

“Os dados vieram à luz poucas horas depois de o PT ter aclamado Dilma como sua pré-candidata num encontro nacional realizado em São Paulo. ‘Precisamos parar de imaginar que existe outro candidato que não seja a Dilma nesse partido’, discursou Lula, para uma plateia de 800 delegados estaduais do PT. ‘Quando a gente brinca com isso, nossos adversários tiram proveito.’

A nova sondagem eleitoral conspira contra o esforço de Lula para silenciar o coro entoado pelos petistas e aliados que pedem o seu retorno. O diretor do Sensus, Ricardo Guedes Ferreira Pinto, afirma que a leitura completa da pesquisa indica que Dilma ‘terá muita dificuldade para reverter o quadro atual.’

Perscrutaram-se também os cenários de um eventual segundo turno. Se tivesse que medir forças com o rival tucano, Dilma teria, hoje, 38,6% das intenções de voto, contra 31,9% de Aécio. A diferença entre os dois jamais foi tão estreita: 6,7 pontos. Numa disputa com Eduardo Campos, Dilma teria vantagem menos desconfortável: 39,1% a 24,8%. 

‘O que se percebe é que, no último mês, passou a ocorrer uma migração de votos da presidenta para candidatos da oposição. Antes, as pequenas quedas de Dilma aumentavam o índice de indecisos’, afirma Ricardo Guedes. A pesquisa traz outro dado preocupante para Dilma: a taxa de rejeição dele é maior do que a de seus principais antagonistas.”

            Como podemos ver, o cenário passou a agravar-se depois das denúncias de corrupção na Petrobras. E esse fato não deveria ser surpresa para ninguém de bom senso. Surpresa seria o povo ouvir reiteradamente notícias desabonadoras em torno do Governo e não tomar nenhuma posição. E como o povo em regra não tem como fazer muito coisa, apela para o uso da arma de que dispõe, que é o seu voto. E o mais preocupante para a presidente, como apontam as pesquisas, é o alto índice de rejeição. Hoje a presidente tem um índice que supera em muito os dos seus principais adversários. Senão vejamos o diz a reportagem da Uol: 

“Hoje, 42% dos eleitores declaram que não votariam em Dilma de jeito nenhum. O índice de rejeição de Campos é de 35,1%. O de Aécio, 31,1%. Ouça-se o diretor do Sensus: ‘Como a presidenta é a mais conhecida dos eleitores, não é surpresa que tenha também um índice maior de rejeição, mas 42% é muita coisa.’

Ele acrescenta: ‘Não me recordo de nenhum caso de alguém que tenha conseguido se eleger chegando ao segundo turno com mais de 40% de rejeição. E o quadro atual não é favorável para a presidenta reverter esses números.’

O Sensus ouviu 2 mil eleitores entre os dias 22 e 25 de abril. A pesquisa foi realizada em 136 municípios de 24 Estados. A exemplo que já foi apontado por outros institutos, constatou-se que a inflação intoxica o humor do eleitorado. A grossa maioria dos entrevistados (65,9%) disse que, hoje, tem um poder de compra menor do que há um ano. Quer dizer: ao anunciar a correção da tabela do Imposto de Renda e elevar o valor do Bolsa Família, Dilma corre atrás do prejuízo.”

            Independentemente de preferência por qualquer candidato, esperamos que o povo reflita bem e escolha aquele que melhor atenda aos interesses do país.  

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