As sucessivas denúncias de corrupção
nos Governos do PT começam a mostrar os seus efeitos. A reeleição da presidente
Dilma, que até junho do ano passado era tida como certa, aos poucos dá sinais de
que o pleito não será tão fácil como parecia. E com o resultado da pesquisa
do Instituto Sensus, divulgada na madrugada deste sábado, 03 de maior de 2015,
que aponta que se as eleições fossem hoje possivelmente teríamos um segundo
turno entre a presidente Dilma e Aécio Neves, acende-se uma luz de alerta.
Vejamos a seguir a notícia encontrada na Uol Notícias Políticas, de Josias de
Souza:
“Pesquisa realizada pelo instituto
Sensus e divulgada na madrugada deste sábado no site da revista IstoÉ sinaliza que a disputa presidencial de 2014
deve ser decidida no segundo turno. Dilma Rousseff amealhou 35% das intenções
de voto. Aécio Neves, 23,7%. E Eduardo Campos, 11%.
Somando-se os percentuais atribuídos a
Aécio e Campos, chega-se a 34,7%, apenas 0,3% abaixo dos 35% de Dilma. Numa
pesquisa em que a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, essa diferença é
estatiscamente negligenciável. Significa dizer que, se a eleição fosse hoje, a
disputa escorregaria para o segundo turno.
Num cenário em que foram incluídos
oito candidatos, inclusive os nanicos, Dilma obteve 34%. Aécio ficou com 19,9%.
Campos cravou 8,3%. Somando-se Aécio e Campos aos outros seis nomes mencionados
pelos pesquisadores, os antagonistas da presidente chegam a 32,4%. Uma
diferença de 1,6%. Portanto, considerando-se a margem de erro, permanece a
indicação de segundo turno.”
Esse resultado, sem dúvida nenhuma,
reflete o sentimento do povo em relação às notícias veiculadas diariamente pela
imprensa de um modo geral sobre os desvios de recursos públicos na Petrobras e
noutros órgãos da Administração Pública Federal. O povo já não aguenta mais. E
não é para menos. Não é possível que, enquanto os Governos oferecem um serviço
público de péssima qualidade, registram-se fatos vergonhosos de corrupção
envolvendo políticos e gestores da base aliada. Vejamos ainda o que diz a
notícia encontrada na Uol:
“Os dados vieram à luz poucas horas
depois de o PT ter aclamado Dilma como sua pré-candidata num encontro
nacional realizado em São Paulo. ‘Precisamos parar de imaginar que existe outro
candidato que não seja a Dilma nesse partido’, discursou Lula, para uma plateia
de 800 delegados estaduais do PT. ‘Quando a gente brinca com isso, nossos
adversários tiram proveito.’
A nova sondagem eleitoral conspira
contra o esforço de Lula para silenciar o coro entoado pelos petistas e aliados
que pedem o seu retorno. O diretor do Sensus, Ricardo Guedes Ferreira Pinto,
afirma que a leitura completa da pesquisa indica que Dilma ‘terá muita
dificuldade para reverter o quadro atual.’
Perscrutaram-se também os cenários de
um eventual segundo turno. Se tivesse que medir forças com o rival tucano,
Dilma teria, hoje, 38,6% das intenções de voto, contra 31,9% de Aécio. A
diferença entre os dois jamais foi tão estreita: 6,7 pontos. Numa disputa com
Eduardo Campos, Dilma teria vantagem menos desconfortável: 39,1% a 24,8%.
‘O que se percebe é que, no último
mês, passou a ocorrer uma migração de votos da presidenta para candidatos da
oposição. Antes, as pequenas quedas de Dilma aumentavam o índice de indecisos’,
afirma Ricardo Guedes. A pesquisa traz outro dado preocupante para Dilma: a
taxa de rejeição dele é maior do que a de seus principais antagonistas.”
Como podemos ver, o cenário passou a
agravar-se depois das denúncias de corrupção na Petrobras. E esse fato não
deveria ser surpresa para ninguém de bom senso. Surpresa seria o povo ouvir
reiteradamente notícias desabonadoras em torno do Governo e não tomar nenhuma
posição. E como o povo em regra não tem como fazer muito coisa, apela para o
uso da arma de que dispõe, que é o seu voto. E o mais preocupante para a
presidente, como apontam as pesquisas, é o alto índice de rejeição. Hoje a presidente
tem um índice que supera em muito os dos seus principais adversários. Senão
vejamos o diz a reportagem da Uol:
“Hoje, 42% dos eleitores declaram que
não votariam em Dilma de jeito nenhum. O índice de rejeição de Campos é de
35,1%. O de Aécio, 31,1%. Ouça-se o diretor do Sensus: ‘Como a presidenta é a
mais conhecida dos eleitores, não é surpresa que tenha também um índice maior
de rejeição, mas 42% é muita coisa.’
Ele acrescenta: ‘Não me recordo de
nenhum caso de alguém que tenha conseguido se eleger chegando ao segundo turno
com mais de 40% de rejeição. E o quadro atual não é favorável para a presidenta
reverter esses números.’
O Sensus ouviu 2 mil eleitores entre
os dias 22 e 25 de abril. A pesquisa foi realizada em 136 municípios de 24
Estados. A exemplo que já foi apontado por outros institutos, constatou-se que
a inflação intoxica o humor do eleitorado. A grossa maioria dos entrevistados
(65,9%) disse que, hoje, tem um poder de compra menor do que há um ano. Quer
dizer: ao anunciar a correção da tabela do Imposto de Renda e elevar o valor do
Bolsa Família, Dilma corre atrás do prejuízo.”
Independentemente de preferência por
qualquer candidato, esperamos que o povo reflita bem e escolha aquele que
melhor atenda aos interesses do país.
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