quinta-feira, 1 de maio de 2014

RIO SÃO FRANCISCO. TRANSPOSIÇÃO SERÁ ENTREGUE EM SETEMBRO DE 2015, SEGUNDO O DEP. JOSÉ GUIMARÃES



 A seca que ainda castiga o semiárido nordestino é uma das piores dos últimos cem anos. Com a seca assoladora, muitas cidades estão tendo sérios problemas de abastecimento d’água, não sendo raros os casos de abastecimento através de carros pipas que transportam água de péssima qualidade de grandes distâncias. Além disso, os habitantes do campo, em muitas situações, precisam fazer grandes deslocamentos para pegar água para beber e cozinhar. 

O rebanho bovino e de outros animais está morrendo de fome e de sede, enquanto isso a tão sonhada obra de transposição das águas do Rio São Francisco, que deveria ser prioridade do Governo, nunca chega ao fim. Prevista inicialmente para ser entregue em 2012, teve a data remarcada para dezembro de 2015. E agora adquiriu conotação eleitoreira, depois que o Senador Aécio Neves, provável candidato a presidente da República pelo PSDB, mostrou a situação de abandono da obra num programa de televisão do seu partido.

Enfim, depois da manifestação de Aécio Neves, as obras foram retomadas. E agora, segundo o deputado José Guimarães, deverá ser entregue em setembro de 2015. Tomara que não seja mais uma promessa eleitoreira. Vejamos a seguir a notícia encontrada no Jornal Diário do Nordeste: 

“O deputado federal José Guimarães (PT-CE) afirmou nesta quarta-feira (29) que as obras de transposição das águas do rio São Francisco devem ser entregues até setembro de 2015. Segundo o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, 55,% do total previsto já estão concluídos e até o final deste ano 100 quilômetros de canais em cada um dos eixos ( Norte e Leste) serão entregues á população. 

Em entrevista, Guimarães destacou que mais de 10 mil trabalhadores trabalham dia e noite para cumprir a meta do governo federal. “A meta é avançar em média 2% ao mês para que possamos chegar com 75% dessas obras concluídas até o final deste ano e ficar os 25% [restantes] para o ano seguinte”, confirma Teixeira. 

‘É uma grande vitória do governo Dilma e a solução definitiva para convivência com a seca no Ceará e nos principais estados da região Nordeste. A conclusão da transposição do São Francisco, junto ao Cinturão das Águas e o Eixão das Águas, é um indicativo que o Programa e Aceleração do Crescimento deu e sempre dará resultados’, comemora Guimarães.

Projeto

Orçado em cerca de R$ 8 bilhões, o Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional contempla 477 quilômetros de canais que formam os eixos Norte e Leste. A“maior obra de infraestrutura hídrica do país” prevê ainda a construção de 14 aquedutos e 27 barragens, além da recuperação de 23 açudes, de nove estações de bombeamento e quatro túneis exclusivos para a passagem de água. 

O objetivo principal é garantir água para 12 milhões de pessoas em 390 municípios do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Sobre os atrasos das obras, iniciado oito anos atrás, o ministro avalia que a demora na obra ocorreu devido às novas licitações necessárias após algumas companhias abandonarem trechos.

Agenda

No próximo dia 13 de maio, a Subcomissão de Defesa Civil e Combate à Seca, da Câmara dos Deputados, realiza uma audiência pública com o ministro Francisco Teixeira. A subcomissão, que funciona no âmbito da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), é presidida pelo deputado Guimarães."

Por todos os fatores positivos apontados na notícia acima, e considerando ainda que não há mais como haver recuo nas obras do projeto de transposição das águas do Rio São Francisco, só resta nos unirmos em prol da causa e pugnarmos por providências do Governo no sentido de concluí-las o quanto antes, já que o mais razoável é que o Governo encare esse projeto como prioridade, uma vez que dele depende um grande contingente populacional, historicamente relegado a um plano secundário, vítima de todo tipo de mazela, inclusive da discriminação de outras regiões do país, que sempre viram os nordestinos como parasitas das riquezas produzidas no Sul e Sudeste do Brasil.

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