domingo, 6 de julho de 2014

AGRONEGÓCIO EM ALERTA. A PRAGA DO BICUDO, QUE DIZIMOU O ALGODÃO DO SEMIÁRIDO NORDESTINO, AGORA AMEAÇA OS PRODUTORES DE GOIÁS



 
          Para aqueles que não sabem, ou não lembram, a base da economia agrícola do semiárido nordestino, até meados da década de 1980, era o algodão arbóreo, que é resistente à estiagem e possui uma lá especial.

            Com a chegada da praga do bicudo na Região na década de 1980, a economia do semiárido, que já sofria com o constante problema das secas, entrou em dificuldade. Ainda hoje não se recuperou da crise, dependendo basicamente da plantação de frutas em alguns polos de irrigação, como ocorre em Petrolina em Pernambuco, Mossoró no Rio Grande do Norte, dentre outros.
   
            Agora, no entanto, quando a Região Centro-Oeste se desponta como grande produtora de algodão, eis que surge em Goiás, o maior produtor de algodão do país, a praga do bicudo, ameaçando os agricultores, que multiplicam esforços e gastos na busca de uma solução. Matéria a respeito encontramos no site do Globo Rural. Confiram:   

“Ataque do bicudo está mais intenso nesta safra.
Inseto perfura a maçã do algodão e prejudica a produção da pluma.

Agricultores de Goiás enfrentam problemas com a lavoura de algodão, o ataque do bicudo está mais intenso nesta safra.

No município de Chapadão do Céu, sudoeste de Goiás, as lavouras de algodão já estão branquinhas. A colheita deve começar em duas semanas e os agricultores estão receosos com o futuro próximo.

No ano passado, eles tiveram prejuízos com o ataque da lagarta helicoverpa armígera nas lavouras de algodão. Nesta safra, o problema foi controlado com o uso de variedades resistentes e aplicação de defensivos, mas uma outra praga tem sido motivo de preocupação para os produtores rurais: o bicudo, um inseto que perfura a maçã do algodão e prejudica a produção da pluma.

Para combatê-lo, o agricultor Renato Schneider teve um gasto 30% maior que no ano passado. “Essa praga está se multiplicando muito rápido, e mesmo aumentando o número de aplicações, o controle não tem sido satisfatório”, diz.

Mesmo com o ataque do bicudo, a expectativa é de uma boa produtividade em Goiás. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o aumento na safra deve ser de 13% em relação ao ano passado no estado. Já a produção brasileira do algodão em pluma deve crescer, este ano, 27%.

A colheita deve chegar a 80 mil toneladas e o problema, por enquanto, é o preço. Renato fechou contratos antecipados por R$ 58 a arroba da pluma, enquanto no passado, conseguiu R$ 75.”

            Essa questão é deveras preocupante. Os produtores brasileiros já enfrentam enormes dificuldades para conseguir  produzir em razão do encarecimento pelas dificuldades de infraestrutura. E agora, com mais esse problema, cada vez mais se vêm numa situação delicada, correndo um sério risco de terem inviabilizada uma atividade altamente necessária aos interesses do país     



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