sábado, 6 de dezembro de 2014

PLANILHA DO DOLEIRO YOUSSEF COLOCA SOB SUSPEITA 750 OBRAS PÚBLICAS



"JN teve acesso à tabela apreendida. Obras chegam a quase R$ 12 bilhões. Revelação está em uma das decisões do juiz no caso da Lava Jato." (Site do Jornal Nacional).




Se não houver reformas profundas, URGENTEMENTE, estamos definitivamente perdidos. Se já não estamos. A violência no Brasil atingiu um nível insuportável. E isso, por incrível que pareça, tem muito a ver com com o comportamento dos nossos políticos e gestores públicos. Como é possível se exigir decência de um desempregado, ou de um pobre qualquer, quando na televisão as notícias corriqueiras são relacionadas com desvio de dinheiro público? O bom exemplo precisa vir de cima. E como não vem, todos sofremos as consequências da bandidagem sem controle no país inteiro.   

Segundo notícia encontrada no site do Jornal Nacional, “A Justiça Federal encontrou indícios de que crimes de corrupção e propina atingem outros setores e empresas públicas, além da Petrobras. Uma planilha com mais de 700 obras encontrada com o doleiro Youssef levantou a suspeita. Somadas as obras chegam a quase R$ 12 bilhões.” Sobre essa matéria nunca tivemos dúvidas. Aliás, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em depoimento na CPMI foi muito claro quando afirmou que o desvio de recursos públicos ocorria em todas as empresas do governo. E isso, infelizmente, é verdade.

Segundo ainda o Jornal Nacional, “A revelação está em uma das decisões do juiz Sérgio Moro no caso da Lava Jato. O juiz se baseou em uma planilha apreendida com o doleiro Alberto Youssef que lista 750 obras públicas. Sérgio Moro afirma que, embora a investigação deva ser aprofundada quanto a este fato, é perturbadora a apreensão desta tabela nas mãos de Alberto Youssef, sugerindo que o esquema criminoso de fraude à licitação, sobrepreço e propina vai muito além da Petrobras.”

Muitos dos nossos gestores públicos perderam a noção de honestidade e ética, além do medo de punição. Por esta razão, somos obrigados a concordar com a Repórter da Revista Época Ruth de Aquino, quando afirma:

“É injusta a posição do Brasil no ranking mundial de corrupção da Transparência Internacional, divulgado na semana passada. Vamos protestar. O Brasil está em 69o lugar numa lista de 175 países considerados mais limpos, ou livres de corrupção. Tem alguma coisa errada aí. A avaliação foi feita em agosto, bem entendido. Ninguém do júri viu ou leu os depoimentos da Operação Lava Jato

Se tudo for verdade, devemos ser campeões do mundo em volume de dinheiro roubado dos cofres públicos. Não tem para mais ninguém. O Brasil deve ser mais corrupto que os lanterninhas desse estudo, Somália, Coreia do Norte, Sudão e Afeganistão. O ministro do Superior Tribunal de Justiça Felix Fischer, presidente do STJ até setembro, concorda: ‘Acho que nenhum outro país viveu tamanha roubalheira’.

Esse troféu só pode ser nosso, pelo gigantismo do país, pelo poder das empreiteiras e pelos danos infligidos a 750 grandes obras públicas – segundo a planilha do doleiro Alberto Youssef. Essa planilha, “perturbadora” nas palavras do juiz Sergio Moro, foi apreendida no dia 15 de março! Imagine a ansiedade do PT para ganhar no primeiro turno. Só depois da eleição, descobrimos o significado da sigla PAC: Programa de Aceleração da Corrupção. O ‘C’, de crescimento, está desmoralizado pelo PIB abaixo de 1% neste ano.”

            Realmente tem toda razão a repórter da Revista Época Ruth de Aquino. De fato o PAC, se serviu para alguma coisa, deve de sido para acelerar o crescimento da corrupção. Como já vimos, enquanto a nossa economia tem um crescimento pífio do PIB, a corrupção tomou proporções nunca imaginadas. A essa altura dos acontecimentos, o Grande Mestre Rui Barbosa, onde estiver, deve está sorrindo por ter acertado na sua profecia, quando afirmou que “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”  

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