sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

AÇÕES DA PETROBRAS CONTINUAM EM QUEDA LIVRE, LEVANDO A BOVESPA A ABRIR O ANO NO VERMELHO



        
            A situação da economia brasileira há tempos que tem dado sinais de debilidade, tendo se agravado mais ainda com a delicada situação da Petrobras, até bem pouco tempo a maior empresa brasileira. E isso fica evidente em várias situações como, por exemplo: a) quando a inflação insiste em ficar acima da meta de 4,5% ao ano, obrigando o Banco Central a aumentar as taxas de juros; b) quando a taxa de crescimento do PIB, por anos seguidos, não consegue um desempenho razoável; c) quando a balança comercial apresenta desempenho medíocre e as contas externas têm o pior resultado dos últimos anos; d) as dívidas públicas interna e externa atingem patamares assustadores; e e) a acentuada desvalorização do real.

E essa realidade ninguém pode esconder, uma vez que o próprio Governo já reconhece. O presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, em entrevista a Revista Exame de nº. 1059, ano 48, de 19 de fevereiro de 2014, página 41, quando perguntado pela Revista “E o que tira o sono do BC?”, foi direto afirmando que “Temos de encontrar ‘novos motores’, novas fontes de expansão da economia. Crescimento gerado apenas pela absorção de mão de obra tem limite. Nesse sentido, a agenda do governo está bem focada. Precisamos qualificar a mão de obra, e temos mais pessoas estudando e mais programas públicos de qualificação que atendem milhões de trabalhadores. Também precisamos destravar o investimento e resolver os gargalos de infraestrutura para ampliar nossa capacidade de crescer sem pressionar a inflação. Podemos enxergar este momento como uma oportunidade de nos ajustar e aumentar a produtividade.”

            Resta saber agora o que o Governo irá fazer para melhorar o desempenho da economia. A nossa esperança está na nova equipe econômica, tida pelos analistas de mercado como profissionais competentes. Sobre o desempenho da Bovespa no primeiro pregão de 2015, confiram a notícia que encontramos no site da Uol Economia:   

“O Ibovespa, principal índice da Bolsa, fechou em queda de quase 3% nesta sexta-feira (2), a primeira sessão do ano. O índice recuou 2,99%, e fechou com 48.512,22 pontos.

As principais influências de queda foram as ações da Petrobras (PETR4), que recuaram 6,59%, a R$ 9,36; a partir de segunda-feira (5), a ação terá o menor peso na composição do índice em mais de 20 anos.

Também contribuíram para a queda as ações preferenciais da Vale (VALE5), que recuaram 2,6%, a R$ 18,73; e do Itaú (ITUB4), que caiu 2,17%, a R$ 33,83

Só três ações fecharam no azul nesta sexta: Eletropaulo (ELPL4), que saltou 6,24%; Cosan Logística (RLOG3), que subiu 2,45%; e Embraer (EMBR3), que fechou em alta de 1,68%.

Dólar sobe mais de 1% e vai a R$ 2,693

dólar comercial fechou em alta de mais de 1% na primeira sessão de 2015. A moeda norte-americana subiu 1,27%, a R$ 2,693 na venda, em um pregão marcado pelo baixo volume de negócios. 

No cenário interno, os investidores estavam preocupados com o programa de atuações do Banco Central no mercado, que foi cortado pela metade.

No mercado internacional, o dólar também tinha tendência de alta em relação a outras moedas por causa dos temores de que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, aumente os juros do país neste ano.”
(Com Reuters) 

Registre-se, no entanto, que a questão crucial da economia foi levantada pelo presidente do Banco Central quando disse que “Também precisamos destravar o investimento e resolver os gargalos de infraestrutura para ampliar nossa capacidade de crescer sem pressionar a inflação.” A necessidade de investir em infraestrutura é um assunto que tem sido apontada por todos os economistas do país. E não só os economistas, uma vez que todas as pessoas esclarecidas sabem que o país não pode avançar sem investimentos em ferrovias, em estradas, nos portos, em hidrelétricas, dentre tantas outras áreas. Isso, no entanto, o Governo não consegue levar a frente, como muito bem já tivemos a oportunidade de apontar as dificuldades para as conclusões de obras vitais para a economia brasileira, como a Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia Transnordestina, só para citar esses dois exemplos. 

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