quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O PIB BRASILEIRO SERÁ NEGATIVO EM 2015, SEGUNDO PREVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO


             Há muito tempo que a economia brasileira vem dando sinais de enfraquecimento, portanto não surpreende tanto a notícia divulgada agora de que o mercado financeiro prevê um PIB negativo em 2015.

E isso fica evidente em várias situações como, por exemplo: a) quando a inflação insiste em ficar acima da meta de 4,5% ao ano, obrigando o Banco Central a aumentar as taxas de juros; b) quando a taxa de crescimento do PIB, por anos seguidos, não consegue um desempenho razoável; c) quando a balança comercial apresenta desempenho medíocre e as contas externas têm o pior resultado dos últimos anos; d) quando as dívidas públicas interna e externa atingem patamares assustadores; e e) quando se registra uma acentuada desvalorização do real. 
      
            E essa realidade ninguém pode esconder, uma vez que o próprio Governo já vem reconhecendo há algum tempo esse problema. O presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, em entrevista a Revista Exame de nº. 1059, ano 48, de 19 de fevereiro de 2014, página 41, quando perguntado pela Revista “E o que tira o sono do BC?”, foi direto afirmando que “Temos de encontrar ‘novos motores’, novas fontes de expansão da economia. Crescimento gerado apenas pela absorção de mão de obra tem limite. Nesse sentido, a agenda do governo está bem focada. Precisamos qualificar a mão de obra, e temos mais pessoas estudando e mais programas públicos de qualificação que atendem milhões de trabalhadores. Também precisamos destravar o investimento e resolver os gargalos de infraestrutura para ampliar nossa capacidade de crescer sem pressionar a inflação. Podemos enxergar este momento como uma oportunidade de nos ajustar e aumentar a produtividade.”

            E como estamos vendo, o Governo, muito embora venha afirmando o propósito de corrigir o rumo da economia, o fato é que ainda não encontrou o caminho. A esse respeito, confirma a notícia encontrada no site do Jornal O Povo:

“A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano passou de zero para -0,42% na última semana. A estimativa é dos economistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central. A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira, 18. Além da previsão pessimista do PIB, os especialistas também estimam elevação da inflação para 7,27%.

A estimativa vem piorando nas últimas sétima semanas. Pela primeira vez os analistas dos bancos previram encolhimento do PIB neste ano. Na última previsão, a expectativa era de um crescimento zero para o Produto Interno Bruto de 2015. Para 2016, o mercado segue prevendo alta de 1,5% para o PIB.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia
.”


A Revista Veja há tempo vem alertando para as dificuldades da economia brasileira, tanto que a de nº. 2362, ano 47, de 26 de fevereiro de 2014, anunciou: “O prolongado período de baixo crescimento, o aumento da inflação, o avanço dos gastos públicos e a interferência estatal em diferentes setores criaram uma combinação perversa que minou a confiança de empresários e investidores. Uma das conseqüências desse desarranjo está na ameaça de rebaixamento da nota de crédito do país, que é uma referência de confiabilidade para os investidores.” Como podemos ver, a informação da Revista Veja só confirma o que afirmamos sobre a fragilidade da economia brasileira e o que o mercado financeiro acaba de anunciar. 

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