terça-feira, 20 de outubro de 2015

EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE PARA TODOS. A BÚSSOLA QUE FALTA PARA ORIENTAR O FUTURO DO BRASIL



            Falar sobre os problemas que afetam hoje a economia e a reputação do Brasil se tornou difícil, tantas são as notícias divulgadas diariamente pela imprensa escrita e falada. É que o povo já está cansado de tanto ouvir opiniões e notícias a respeito. Ninguém agüenta mais. De qualquer modo, arrisco-me a registrar alguns comentários, tendo em vista que cada um tem o direito de dizer o que pensa, principalmente quando está em jogo a saúde financeira do povo brasileiro e a do nosso País.

            É certo que a crise econômica é delicada. Mas, sem dúvida nenhuma a crise política é muito maior. E afirmo isso porque se houvesse disposição do Congresso Nacional, certamente que o Executivo encontraria uma saída para as questões da economia, já que o Brasil tem condições de seguir em frente sem maiores tropeços, bastando para tanto que haja empenho dos nossos gestores e políticos.
   
            A questão é que falta por parte dos nossos governantes (gestores públicos e políticos) compromisso com o nosso País. É lamentável. Mas é a mais pura verdade. O Brasil não é um País qualquer. É um País com robustez como poucos. Somos o segundo maior exportador de alimentos do mundo. Dispomos de grandes reservas de petróleo, de minérios, e de muitas outras riquezas naturais. Temos um dos Sistemas Financeiros mais avançados do mundo. E muito mais.

            Em compensação a nossa desigualdade social é gritante. As nossas riquezas são muito mal distribuídas. Temos uma das piores distribuições de renda do mundo. E isso é um problema seriíssimo. E a nossa Educação, por sua vez, também não ajuda. O ensino público ainda é capenga. E isso talvez seja um dos grandes entraves para o nosso desenvolvimento. Uma Educação ruim é uma das piores coisas para um país. Primeiro porque a falta de Educação atravanca a capacitação dos nossos profissionais, indispensável para a melhoria nos índices de produtividade, fator preponderante para o crescimento das riquezas do País e, conseqüentemente, para o seu desenvolvimento. Segundo porque a má formação do povo faz com que este não saiba fazer as escolhas adequadas dos políticos que cuidam dos destinos da Nação. Terceiro porque sem o necessário esclarecimento o povo não sabe fiscalizar as ações dos políticos e muito menos cobrar e exigir que estes cumpram as promessas de campanhas. E não é só isso: para que um País avance há necessidade de mão de obra qualificada, de criação e inovação, fatores que dependem de pesquisas e de ambientes que favoreçam iniciativas.                              
           
            Em assim sendo, é lógico que se tivéssemos um povo com melhor nível de Educação, provavelmente teríamos uma melhor distribuição de rendas e a corrupção não seria tão grande, como a que hoje estamos vendo. O povo poderia até ser enganado, não como acontece hoje. Um povo devidamente esclarecido jamais elegeria um político corrupto por sucessivas vezes. No nosso Congresso, como todos sabem, existem políticos que há décadas são conhecidos como corruptos. Até verbo que significa roubar, fraudar e enganar já foi criado, derivado de nome de político que ainda hoje reina na política brasileira. A esse respeito, vejamos notícia encontrada no Jornal Folha de São Paulo de 13 de setembro de 2005:

“O jornal francês Le Monde desta terça-feira traz uma reportagem que afirma que até o início dos recentes escândalos que atingem o PT, o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf personificava a corrupção no Brasil e que "malufar" significa roubar os cofres do Estado.

Paulo Maluf e seu filho Flávio estão presos na sede da Superintendência da Polícia Federal de São Paulo desde o último sábado. Os dois são acusados de formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Se condenados, a soma das penas mínimas é de oito anos de prisão.”

            Como é possível comprovar, não faz nenhum sentido um político desses ainda se eleger e se reeleger deputado federal e continuar dando as cartas no País. E esse é só um exemplo. Como ele existem muitos outros, que prefiro não declinar os nomes, até por que não se faz necessário.

            Arrisco-me a dizer ainda que se a nossa Educação fosse de melhor qualidade não teríamos tanta violência como a que hoje se registra nos grandes centros urbanos. Posso até está errado, mas a violência no nosso país tem muito a ver com a má qualidade da nossa Educação e com a má distribuição das nossas riquezas.

            Portanto, a melhoria na qualidade do Ensino Público seria um bom começo para que tenhamos um futuro melhor. É como bem falou Paulo Freire: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Eis aí uma grande verdade.

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