quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O AGRONEGÓCIO RESPONDE POR 40% DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS ATÉ OUTUBRO DE 2016



            As exportações do agronegócio brasileiro são fundamentais para o equilíbrio da balança comercial, não tanto pelo grande volume das exportações, mas em razão principalmente do pequeno volume de importação desse seguimento de atividade. A esse respeito, vejamos a notícia encontrada no Site http://www.noticiasagricolas.com.br:

Nos dez primeiros meses de 2016 a balança comercial brasileira acumulou superávit de US$ 38 bilhões com participação decisiva dos 15 principais produtos do agronegócio que representaram 39% das vendas totais do país no período.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destaca que a soja foi o produto do agronegócio com maior participação nas exportações entre janeiro e outubro deste ano, 12% do valor total (US$ 18 bilhões). Outra participação relevante foi do açúcar em bruto, em segundo lugar no ranking: vendas externas de US$ 6,58 bilhões, 4% do total vendido ao exterior pelo país em 2016.

           Apesar do expressivo volume de exportação do agronegócio entre janeiro e outubro de 2016, a verdade é que as exportações brasileiras apresentaram queda para todas as regiões em relação ao período do anterior, com exceção do Oriente Médio, onde houve variação positiva de 1%, e da Oceania, que apresentou crescimento de 15%.

Segundo o Jornal Gazeta do Povo, a “China e os Estados Unidos foram os dois países que mais importaram do Brasil. Os chineses compraram US$ 32 bilhões, enquanto os Estados Unidos US$ 18,8 bilhões. Ainda assim, esses valores representam uma redução de 4% e 5% nas compras, respectivamente”.

Como informou ainda o citado Jornal, “Apesar do saldo positivo da balança comercial em 2016, entre janeiro e outubro, o valor das exportações foi 5% inferior ao obtido no mesmo período de 2015 (US$ 160 bilhões). As importações totais também caíram: 23% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 148 bilhões)”. Um fato, no entanto, chama a atenção: enquanto as exportações caíram 5%, as importações totais foram reduzidas em 23% no mesmo período, favorecendo o fluxo positivo da balança comercial. O mais importante, no entanto, é que o Brasil teve no período um expressivo ganho na balança comercial, como bem noticiou o Jornal Gazeta do Povo. Senão vejamos:

Os números consolidados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), divulgados nesta semana, mostram que as exportações totais do país foram de US$ 153 bilhões, com importações de US$ 114 bilhões.

Dos produtos do agronegócio, a maior variação nas vendas externas em 2016 foi do açúcar em bruto. Entre janeiro e outubro, as vendas desse segmento tiveram crescimento de 40%, comparadas com igual período do ano passado, um incremento de US$ 1,89 bilhão. A receita total foi US$ 6,58 bilhões.

Por todos esses dados que acabamos de apresentar, não temos dúvidas nenhuma de que hoje a economia brasileira e o equilíbrio da balança comercial dependem essencialmente do agronegócio. Por outro lado, entendemos que o governo, se deseja tornar os produtos do agronegócio competitivos no mercado internacional, precisa envidar grandes esforços no sentido de melhor a infraestrutura, com a construção, a melhoria e a ampliação dos portos e estradas, bem como viabilizar o transporte ferroviário e o hidroviário, opções bem mais econômicas do que o rodoviário.

Por último, o governo não pode perder de vista a importância da agricultura familiar, a principal responsável pelo abastecimento do mercado interno e pela geração de grande número de empregos no campo, diferentemente do agronegócio de exportação, que aplica alta tecnologia em detrimento da mão de obra no campo.

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